Porque não queria ver a Japa. Talvez estivesse com medo de novamente a ver e desta vez não fazer contato. Desta vez não poderia ser assim.
Mas a vida em seus métodos pede calma, não? Então por que a pressa?
Porque não quero deixar que ela sinta falta de impulso da minha parte.
Porque não quero que ela pense que estou hesitando.
Porque não quero que se apague na memória dela a minha chama.
Porque quero essa paixão louca.
O quê dizer para ela?
Que só de ir no rolê e poder ver seu rosto eu já ganhei a noite.
Que depois daquele nosso primeiro encontro eu passei a pensar nela
e preciso saber se ela pensou em mim;
Quero saber o que ela faz da vida.
Quero saber se fui sem precedentes na vida dela ali naquele bar.
Não fui ao Bar do Bin ontem porque realizei a responsabilidade que coloquei nisso tudo.
Pressão auto-induzida.
Mas, oxe, na última vez eu nem me apavorei, fiz tudo numa tranquilidade:
mantive-me em seu campo de visão,
conversei com outras pessoas,
ouvi a música,
fui elogiado.
Me diverti mesmo.
Então eu tenho que voltar lá naquele bar quando estiver a fim de me divertir, assim trazer esta Japa para mim vai ser questão de congruência e continuidade.
Não fui ao Bar do Bin ontem, porque quero dar um tempo ao tempo, naturalmente. Ser meu. Curtir meu rolê. E meu rolê às vezes é voltar para casa numa tarde triste, chuvosa, muito gris e turva e lôbrega para ler Dostoiévski.
Mas em relação à Isabela, tudo isso só produz mais distanciamento.
Mas não era isso que queríamos? Estou fazendo meu melhor. Lutando contra mim mesmo em pensar que eu não deveria ser assim tão incisivo. Não estamos conversando muito. Estou mesmo querendo me afastar, para ela sentir falta.
Afinal, estamos agora a anos-luz um do outro.
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