Quem sente com os olhos enxerga o perpétuo movimento do mundo exterior sem que se precise preocupar-se com pensamentos.
A moça velha respira e fala, enquanto espanta com um safanão, que levanta poeira do chão, o cachorro saltando assustado a olhar por sobre o flanco ao chinelo vermelho pálido e descascado.
O papagaio anda de costas papagueando palavras moídas enquanto seu globo ocular dilata-se a sondar abaixo e acima o espectro profundo do espaço. O cachorro vem a cheirá-lo, os dois estranham-se e quando o papagaio alça as garras contra seu focinho, o cachorro flexiona as pernas traseiras e abre sua boquinha de mamífero pronto para dar o bote.
Num momento o tempo fica como suspenso por apreensão.
A moça velha, que encarna neste quintal a vontade de seguir em frente, harmoniza suavemente o Universo como a diplomata da causa da vida, e o tempo se destrava quando o cachorro sai à caça da mosca flutuante no ar cálido da tarde esparsa.
Num momento o tempo fica como suspenso por apreensão.
A moça velha, que encarna neste quintal a vontade de seguir em frente, harmoniza suavemente o Universo como a diplomata da causa da vida, e o tempo se destrava quando o cachorro sai à caça da mosca flutuante no ar cálido da tarde esparsa.
O lençol tão rosa e nítido desperta volúpia chacoalhando contra o azul plácido do céu no varal de todos os dias.
Acima, só as nuvens cinzas e brancas deslizam.
Os movimentos acontecem, eu não quero pensar, mas só ver.
Pensar é estar triste.
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