segunda-feira, 2 de maio de 2016

lembrete de que não sou ~~artista~~, e sim uma pessoa que se entende ao escrever. simples assim. baixa a bola.

Não há sentido em desfrutar "as coisas boas da vida".
O simples e irrisório café de um bate-papo tem de ser pago.
Mas para pagar, alguém tem de trabalhar.
De que vale trabalhar e receber dinheiro?

Para quê buscar as coisas boas da vida, se eu vou passar?
Prefiro o gelado punhal do sofrimento terrestre
à felicidade comprada e passageira.

Eu acredito antes de ver. E acredito que a alma sobrevive ao corpo.
Se eu durmo e existo no sonho, quê é o sonho eterno da morte?

Quê busco?
Ser feliz sem comprar? Seria tolo.
Busco realizar-me? Realização é fama, fama é vaidade.
...
Tudo de que preciso é amar. Mas não sei por onde começar.

Este corpo é uma bênção, e não o violo.
Procuro controlar minha sensação, e ouvir a Voz do Silêncio.
À parte isso, espero encarecido e atento pelo meu chamado,
que não virá de fora já que está dentro de mim.

Tenho que parar de depender de dinheiro alheio para chapar,
de resto estou livre. Liberto-me para gozar a vida ao meu modo.

Fazer o que quiser fazer.
Que me importam? números reais referentes à quantidade acumulada de reais em conta bancária; números racionais com de 0 a 10, com uma casa decimal, num papel emitido pela faculdade.
Eu colho o que plantei, e este é o destino que produzi com minhas ações. Nada é por acaso.

Os únicos algarismos que valem são de quantos livros eu leio,
de quantas conversas boas eu tenho, e de quantos riscos eu tomo.

Árido

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