quarta-feira, 13 de julho de 2016

Este brilhante vídeo explica por que o universo é um vasto campo de consciência.

"Para explorar a natureza fundamental do cosmos não temos que viajar ao espaço exterior: é suficiente viajar ao espaço interior."



O futurista, físico e místico Peter Russel faz um excelente trabalho neste vídeo, explicando a problemática do estudo da consciência. Tal estudo desafia a ciência, e propõe alternativamente que a consciência não é produto da complexidade da matéria, mas sim a natureza fundamental do cosmos. 

De início, Russell define a consciência como "o simples fato de que tu estás experimentando, e vendo estas imagens agora... não tens que fazer nada para estar consciente. Neste sentido a consciência não muda nunca, o que muda é aquilo de que tu estás consciente."

Um aspecto que merece mais reflexão dentro deste tema é que tudo o que experimentamos ocorre através da nossa consciência, para além da questão sobre existir ou não uma realidade independente da nossa mente. Nosso cérebro interpreta padrões de informação - ondas eletromagnéticas - e as reconstitui como objetos, os quais somente têm certa forma e significado mediante nossa conceituação (= linguagem simbólica que se refere a arquétipos de pensamentos, e coloniza a mente) e de um acordo consensual (= grupos e instituições que partilham estes significados. Neste sentido o esoterismo ou as religiões são um conjunto de formulações de pensamento ou visão de mundo compartilhadas). Russell disse:

Não há uma verdade lá fora [...] os fenômenos que experimentamos não existem no mundo objetivo como tais, existem como um fenômeno de nossa consciência. Isto não quer dizer que não exista a árvore lá fora, mas sim que comumente confundimos a representação com a realidade. Mesmo a matéria, em seus componentes fundamentais, não é nada como a experimentamos... A física quântica descobriu que as partículas, na realidade, não são partículas, são algo assim como nuvens de existência potencial... não são coisas como as conhecemos, a matéria não está feita de matéria.
Tudo que podemos dizer é que as coisas não são homogêneas: há uma diferença, não sabemos do que é feito o cosmos, mas é diferenciado - isto é, padrões distintos de informação, a informação interpretada pelos sentidos e decodificada pelo cérebro é o que nos aparece a nós como o mundo tridimensional, sensível com som surround. Mas isto somente existe em nossa consciência, uma realidade virtual criada pelo cérebro.

Russel aponta que embora haja uma correlação entre os processos do cérebro e nossa experiência, isto não resolve o chamado problema difícil da ciência: "É mais fácil explicar como evoluímos a partir de células simples do que explicar como chegamos a ser conscientes... como se criou a consciência?... como processos materiais no cérebro deram lugar à mente imaterial?" Pensar que a matéria produziu a consciência gera todos os tipos de problemas, tais quais decidir onde está o limite, isto é, perguntar-se onde começa a consciência em um pássaro, numa lagarta, numa pedra. E como é que em algumas partes a matéria não produz consciência, e em outras, sim?


"Uma alternativa é que a capacidade de experimentar está presente até certo ponto em todas as coisas, não aparece do nada como por arte ou magia. A experiência se faz com base na árvore evolutiva." Esta visão sobre a consciência como fundamental ajudaria a explicar algo que nos parece essencial na ciência moderna (= Física pós experimento de Werner Heisenberb, quem verificou que se o observador afere o espaço, então a velocidade aparece distorcida, e vice-versa), a saber, que o observador realiza um papel preponderante nos fenômenos da natureza - uma perspectiva da consciência como essencial inclui e explica a influência do observador.

"O cosmos não é somente um vasto campo de informação, pois é um campo que está consciente, um campo de conhecimento, de se conhecer a si mesmo... para explorar a natureza fundamental do cosmos não temos que viajar ao espaço exterior, pois é suficiente (= e necessário) viajar ao espaço interior, (a consciência é) a única coisa que não podemos negar, e tudo que a ciência não tem sido capaz de explorar", conclui Russel. E isto é verdade: o que podemos dizer com segurança é que a consciência existe, e que tudo que conhecemos, o conhecemos através da nossa consciência; é por isso que cientistas como Jacobo Grinberg, seguindo tradições místicas, consideraram que tudo o que existe é universo da consciência. 

Traduzido e adaptado de: http://pijamasurf.com/2016/07/este-genial-video-explica-por-que-el-cosmos-es-un-vasto-campo-de-conciencia/

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