A existência que se multiplicou por si mesma
Pelo puro deleite de ser,
E se projetou em trilhões de seres
Para que pudesse encontrar-se a si mesma.
Inumeravelmente.
Divindade, ou o Uno Inefável: -"Eu era um tesouro oculto, que queria ser conhecido; por isso criei o mundo, para que pudesse manifestar meu mistério a mim mesmo."
Adão não é mais que a forma divina, criada por Deus, para receber sua própria revelação - o receptáculo puro em que Ele se derrama.
-"Por isso criei as criaturas e me fiz conhecido delas, para que me conhecessem."
O amor e a sabedoria são dois aspectos do mesmo, e inseparáveis.
A criação é o espelho no qual Deus vê a si mesmo, e a aparição do ser humano (o ser humano arquetípico, Adão) não é diferente de Allah, mas enquanto tu tiveres uma existência "distinta de Allah", não conseguirás sufocar tua existência, nem conhecer a ti mesmo. O conhecimento de ti mesmo consiste em compreender que tua existência não é real e que tua existência não é nada, pois tu não és, não fostes e jamais serás.
O terceiro giro da roda do Darma, nele é onde o Buda Shakiamuni revela que todos os seres vivos têm um embrião búdico ou uma inerente natureza búdica, chamada tathagatagarbha.
Toda a vasta expansão do cosmos - uma extensão gnóstica que não faz diferença entre "ser" e "conhecer".
A mente original do sujeito é a mente absoluta, igual a Dharmakaya, ao espaço de todos os fenômenos, ao próprio corpo da deidade.
A essência mais profunda do universo, seu constituinte fundamental, é a sabedoria - as coisas estão feitas de sabedoria e para a sabedoria.
Traduzido e adaptado de: http://cadenaaurea.com/2016/06/ibn-arabi-sobre-por-que-se-creo-el-universo/
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