Pois então eu tive o sonho mais precioso.
Mariana Osés e eu na mesma lotação, naquele período em que a criançada volta da escola para seus lares. Éramos crianças também, e ríamos, ríamos gargalhadas sonoras e alegres, de tirar o fôlego e doer as costelas! Ela brincava comigo ao estender por sobre a catraca da lotação sua perna direita para que eu a pudesse beijar, de seus dedos até toda a extensão de sua canela, e então revolvia languidamente seu membro feminino e sensual.
Os raios de sol penetravam o vidro da janela e iluminavam com feixes de luz o rosto dela, a minha musa onírica mais imaculada, com quem eu nunca troquei uma palavra sequer, mas cuja existência reconheci nas saudosas aulas de História.
A atmosfera tinha sabor de tutti frutti, e a cor do sonho era de tom pastel puxado para o bege claro, com a substância de uma leve amizade ingênua e pueril.
Quando desceu da lotação, pela porta da frente, na calçada o olhar de Mariana Osés fixou-se, através do vidro dianteiro, no meu próprio olhar, e eu pisquei meu olho direito enquanto distribuí um riso plácido, e vi seu corpo virar-se para frente sem não antes sorrir também, contente e satisfeita.
Oh! Mariana Osés, quando de novo tu virás até mim?
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