segunda-feira, 31 de outubro de 2016

"Ele viera ensinar aos homens que a verdadeira vida não é a que transcorre na Terra, e sim a que é vivida no Reino dos Céus; viera ensinar-lhes o caminho que a esse reino conduz, os meios de eles se reconciliarem com Deus e de pressentirem esses meios na marcha das coisas por vir, para a realização dos destinos humanos." O Evangelho Segundo o Espiritismo

Esta descrição nos informa sobre a trajetória de vida realizada por seres humanos Escolhidos, que têm como missão a transmissão de um conhecimento que aponta para a transcendentalidade da alma e superação da matéria, numa trajetória de vida que comumente registra uma série de provações morais. Isso se considerarmos apenas a mitologia judaico-cristã.   

domingo, 30 de outubro de 2016

trechos do conto "O professor de letras" (1894) de Anton Tchekov

[...]

E ele mirava o corpo pequeno e esbelto da moça sentada sobre o garboso animal branco, a sua silhueta esguia, o seu chapéu alto, que não lhe caía nada bem e a envelhecia, Nikítin mirava com satisfação, com ternura, com encantamento, ouvia sem entender muito bem e pensava: "Dou minha palavra de honra, juro por Deus que não vou ficar acanhado e hoje mesmo vou me declarar a ela...".

[...]

Sua carta começaria assim: "Minha querida ratinha...".
- Exatamente assim, "minha querida ratinha" - disse ele, e começou a rir.

[...]

"Após o casamento, todos se aglomeraram em desordem em torno de mim e de Mánia, as pessoas expressavam seu contentamento sincero, davam os parabéns, desejavam felicidades. O general de brigada, um senhor de quase 70 anos, cumprimentou apenas Maniússia e lhe disse, com voz envelhecida, rangente e bem alta, que ecoou por toda a igreja:
"- Minha querida, espero que depois do casamento você permaneça a mesma rosa que é agora."

[...]

Os dias mais felizes para Nikítin eram agora os domingos e os feriados, quando ele, da manhã à noite, ficava em casa. Nesses dias Nikítin tomava parte de uma vida ingênuo, mas extraordinariamente agradável, que lhe fazia lembrar os idílios pastorais. Observava sem cessar como sua Mánia, sensata e diligente, mantinha em ordem o lar, e ele mesmo, a fim de mostrar que não era supérfluo na casa, fazia alguma coisa inútil, por exemplo, rolava a charrete para fora do telheiro e a examinava minuciosamente. Às vezes, de brincadeira, Nikítin lhe guardava um corpo de leite; ela se assustava, pois seria algo irregular, mas ele, com um sorriso, a abraçava a dizer:

- "Pronto, pronto, eu estava só brincando, meu tesouro! Foi só brincadeira!"

[..]

Nikítin se deu conta de que, se os 12 rublos não lhe importavam, era porque não haviam custado nada a ele. Se fosse um trabalhador pobre, saberia o valor de cada copeque e não mostraria indiferença ao que ganhava ou perdia no jogo. Assim também a felicidade, raciocinou, lhe fora dada de graça, em troca de nada e, a rigor, era para ele um luxo tão grande quanto um remédio para alguém que não está doente; se ele, como a imensa maioria das pessoas, vivesse atormentado pela preocupação de ganhar o pão de cada dia, se tivesse de lutar pela vida, se as costas e o peito doessem de tanto trabalhar, esse jantar, essa residência aquecida e confortável e essa felicidade familiar seriam uma necessidade, o prêmio e o ornamento de sua vida; agora, havia nisso tudo um sentido estranho e obscuro.

- Puxa, como me sinto mal! - repetiu, compreendendo perfeitamente que esses pensamentos, por si só, já representavam um mau sinal.

[...]

Nikítin deu-se conta de que sua felicidade terminara, provavelmente para sempre, e que, na casa de dois andares, sem estuque, a felicidade já era algo impossível. Nikítin pressentiu que a ilusão se havia exaurido e que havia começado uma vida nova, nervosa e consciente, a qual não se conformava com a paz e a felicidade pessoal.

No dia seguinte, domingo, foi à igreja da escola e se encontrou com o diretor e os colegas. Pareceu a Nikítin que todos só se ocupavam em dissimular cuidadosamente a ignorância e o descontentamento com a vida, e ele mesmo, para que não notassem sua inquietação, sorria com toda simpatia e falava futilidades. Depois, foi para a estação e viu um trem postal chegar e partir; foi agradável ficar sozinho e  não ter de conversar com ninguém.

[...]

e escreveu no seu diário: "Aonde eu vim parar, meu Deus? Estou cercado de vulgaridade por todos os lados. Gente enfadonha, vazia, potes de cerâmica com creme azedo, jarras com leite, baratas, mulheres tolas... Não há nada mais medonho, mais ultrajante, mais deprimente do que a vulgaridade. Fugir daqui, fugir hoje mesmo, senão vou ficar louco!".


"mano, resumi um conto de várias páginas em alguns trechos. dá uma estima. daquele livro de capa roxa que caiu na tua mão!!"

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

[1915]

"O entusiasmo é uma grosseria.

A expressão do entusiasmo é, mais do que tudo, uma violação dos direitos da nossa insinceridade.
     Nunca sabemos quando somos sinceros. Talvez nunca o sejamos. E mesmo que sejamos sinceros hoje, amanhã poderemos sê-lo por coisa contrária.

Por mim não tive convicções. Tive sempre impressões. Nunca poderia odiar uma terra em que houvesse visto um poente escandaloso.

Exteriorizar impressões é mais persuadirmo-nos de que as temos do que termo-las."

domingo, 16 de outubro de 2016

Cultivando bons pensamento; na dúvida: cante santos nomes!

minha prudencia constante só é indício de que meu respeito e reverencia sao verdadeiros, e de que eu nao levo radha como garantida. a unica coisa que mudou é que agora eu sei que ela me quer. e eu sei mesmo. ela confirmou ao me beijar e depois ao perguntar "pq eu nao te veria?".

assim eu nao deixo a peteca cair e com prudencia amanha vou procura-la, com possibilidade dar a tortinha que ela gosta :)

Texto muito claro e de caráter terapêutico

eu reprimo meus sentimentos por medo de rejeição, e isso tem a ver com minha tendência a esquecer de mim e me doar demais pros outros. "doar" pq eu sempre quero criar uma situação idealmente perfeita e me esforço para tanto. e isso é um traste tambem pq eu me machuco muito facilmente quando as coisas acontecem e eu comparo/julgo. tanto é que eu tenho medo de arriscar e por isso surge minha hidra mental que impede a ação; e dai qnd eu arrisco eu fico extremamente vulneravel a altos e baixos - tudo ou nada, ser ou nao ser.

mas eu sei que isto tambem passa, e eu vou na psicologia da usp quarta feira para apresentar estas queixas.

eu, criança, entrego tudo isso a jesus e confio. quero me limpar disso que eu sinto e que nao é nada mais que minha raiz de sofrimento supondo desalinho com a realidade.
mas tudo isso nao é futil pq faz parte do meu darma: afinal eu estou na faculdade, descobrindo a mim e aos outros tambem. meu dom: comunicação, meu fardo: nao deixar minha pessoa implodir por excesso de empatia ( o que na verdade aponta para a tendencia de me importar com a opiniao dos outros para aprovação). tudo isso nao significa nada alem de que "eu estou no caminho certo", e confirma de bandeja que este nao é o caminho mais facil.

agradeço à ana pelos jantares e almocos mais apaixonantes de 2016 ate agora. "you're everything" return to forever na voz de flora purim.

eu quero olhar para as ruas e ver a alegria das coisas.
Quando fumo maconha eu fico tremendo, com a mente vacilando, e me isolo. Fico ruminando no pensamento tudo que já se passou, e planejando a temer tudo o que virá. 

Por que é que eu fumo maconha mesmo? 

Eu fumo maconha por cultura geral, e por algum efeito tênue que me envolve ao final da brisa.

O grande desnorteador verde.

Após os primeiros tragos, uma imaterial consistência pseudópode lança suas raízes no intestino e instala-se no ventre; expande-se no peito até o início da faringe e após ascender ao cérebro faz refém dos neurônios e assalta a mente envolvendo-a numas mil paranoias.

sábado, 15 de outubro de 2016

Depuração

As histórias fictícias de amor transmitidas pela literatura e novelas televisivas estão menos para inspiração mítica de amor supremo e sim para depuração do excesso de sentimentalismo presente na fértil imaginação do próprio escritor.


O autor do texto romântico compõe menos para inspirar jovens corações a buscarem seu amor ideal, e sim para esvaziar em palavras líricas a seiva bruta do sentimentalismo que transborda sua alma. Ele escreve para se livrar dos grilhões da idealização que, do alto da torre de todos os sonhos, lhe escravizam o sentimento. "Escrever é esquecer".

Mas, sem racionalizar que a literatura cria a realidade, o leitor-público, instado por uma realidade mais baixa que a do escritor, inspira-se no universo imaculado criado pela linguagem e, sem perceber, é hipnotizado por ilusões irreais.

O que de fato existe é a atração carnal de corpos humanos - olhares brilhantes, lábios sedutores, perfumes florais, calor e companhia humanos, mãos exploradoras e sorrisos magnéticos - o mais são amores supostos.

Nadar num oceano de amor

Uma flor de lótus a seus pés

Ame a si mesmo e depois comece a amar a Deus. Comece a amar a Krishna. 

Krishna significa o todo atraente. Deus é infinitamente atraente, ele é infinitamente amável.

Então se você começa a amar a si próprio, e depois você começa gradualmente a amar o infinitamente amável, você já está muito bem: você começa a nadar num oceano de amor. Aí você não vai precisar de buscar amor para você, porque você vai entender que o importante é amar. O que a alma quer fazer é amar. 

Então ao amar a si próprio e amar a Deus você vai estar recebendo ondas e ondas de amor. Então você não vai precisar pedir dos outros porque com tanto amor que você já está tendo, você vai poder direcionar o seu amor aos outros. Então você vai estar sendo uma fonte de amor.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Glossário de expressões retiradas de "O amor nos tempos do cólera"

guerra sem glória;

branco de alabastro
dignidade da sua angústia;

duro de dor;

apreciou sua dor;

nua em pêlo/carne viva;

cão batido, carente de amor, de quem não se pode esperar nada;

tanta fluidez que pareciam flutuar acima dos escolhos da realidade;

foi providencial;

juntos tanto tempo e conversado tanto que se sentiam amigos antigos;

cheiro próprio de animal montês que a permitia distinguir entre todas as mulheres do mundo;

"Tomava café puro a qualquer hora, em qualquer lugar e em qualquer circunstância, e até trinta xricrinhas por dia: uma infusão que mais parecia petróleo cru, que preferia preparar ele mesmo e que sempre tinha numa garrafa térmica ao alcance da mão."

continuou encadeando um tema ao outro sem sequer se preocupar em ser escutado;

"- vai ver é por isso que faz tantas coisas - disse: - para não ter o que pensar;

agora e sempre;

semblante lúgubre;

persistido nos assédios;

infinita capacidade de ilusão;

não sabia de ciência alta onde acabava a realidade e começava o sonho;

fortaleza de suas raízes morais;

namorar é prometer o futuro
e eu não suportaria
quebrar uma promessa. 
 
soube nesse momento que também para ela soara a hora de se perguntar com dignidade, com grandeza, com desejos incontidos de viver, o que devia fazer com o amor sem dono que lhe havia ficado;

guardar o sabor do sonho;

romantismo crônico;

letargo irreal em que era mais fácil andar sem perguntas;

saltado o árduo calvário da vida conjugal e tivessem ido sem rodeios ao grão do amor;

"Nós homens somos uns pobres criados dos preconceitos", ele tinha dito certa vez. "Em compensação, quando uma mulher resolve dormir com um homem não há barreira que não salte, nem fortaleza que não derrube, nem consideração moral nenhuma que não esteja disposta a varar de lado a lado: não há Deus que valha."

mentiras líricas;

águas passadas não movem moinho;

"Tinha que ensiná-la a pensar no amor como um estado de graça que não era meio para nada, e sim origem e fim em si mesmo."

para aprender uma palavra nova não adianta querer decorar, e sim se lembrar dela pois a percebe recorrentemente.

" - Por que é que você insiste em falar no que não existe?"

sem pudor;

"não comer" :: "evitar comer";

"- Lembre-se que sempre o mais importante num bom casamento não é a felicidade e sim a estabilidade."

vontade lírica;

tropeço;

vigor mental =! sobressalto súbito de tristeza ou alegria;

"Acordara da sesta com trovões de artilharia que faziam tremer a terra, com a discórdia das bandas militares, a desordem dos cânticos fúnebres por cima do clamor dos sinos de todas as igrejas, que dobravam sem pausas desde o dia anterior."

"- Deixe que o tempo passe e já veremos o que traz."

As emoções como guia: o processo psicológico de desenvolvimento da pessoa através da vocação

Na psicologia o conceito de pessoa diferencia-se de indivíduo. Toda pessoa é um indivíduo, mas indivíduos não são necessariamente pessoas. É através do processo de individuação que a pessoa é desenvolvida, superando a personagem, que é constituída pelo aglomerado de máscaras advindas das posições sociais, das profissão, da família, etc. Máscaras de personagens  garantem segurança à pessoa à medida que conferem a certeza de que somos o papel que desempenhamos. Através de um processo de depuração a personagem vai sendo trabalhada para que se chegue à pessoa.

Individuação corresponde à auto-reaização, que é o estágio em que o indivíduo recolhe sua singularidade mais íntima, isto é, "chega a si mesmo".

Como foi mostrado alhures, o processo psicológico de individuação guarda analogias com o processo alquímico de composição da pedra filosofal, e a manipulação alquímica conhecida como conjunctio, que é a união do produto de Albedo com o produto de Citrinitas, é associada à operação psicológica de reconciliação da mente consciente à mente inconsciente, união esta que configura a consciência si-mesmo.

Na mente inconsciente habitam conteúdos sub-liminares que afloram ao consciente e que devem ser analisados criticamente para que não haja estagnação de energia psíquica.

À luz da psicologia, o padecimento humano consiste no constante ocultamento de correntes psicológicas oriundas do inconsciente, que não encontram abertura à experiência devido a barreiras impostas pelo eu-soberano.A penúria psicológica do ser humano é seu desconhecimento de si próprio, envolto nas sombras de uma cegueira ontológica.

O ser humano é como uma praça em estádio de sítio, em que no centro o eu-soberano constrói muralhas que selecionam apenas aquelas características as quais aceita como representativas de si mesmo. A atenção é dotada de conceitos e juízos super fundamentados na psique, dentre eles o espaço-tempo. A atenção seleciona e encaminha ao eu-soberano as disposições de personalidade que está disposta a aceitar: as máscaras e personalidades que se requisitam e se encenam.

A eterna tristeza psicológica dos animais humanos é a permanente agonia de existir através de máscaras que se requisitam a incrementarem uma personalidade fajuta - e o pior: agem assim sem saber que estão a encenar máscaras que algo ocultam.

A solução psicológica a este padecer do instinto é que o indivíduo se abra à experiência, que será sintetizada em terapia. A plenitude é alcançada quando o indivíduo segue a realidade processual de desenvolver suas aptidões, num processo que é chamado de caminho vocacional, em que são desenvolvidas suas aptidões naturais. Tal satisfação habilita a se falar de destino, uma vez que o sujeito sente intimamente que seu caminho vocacional é único e lhe confere uma vivência que está dirigida a ele apenas. Emerge na consciência a sensação de unidade e autenticidade, que são verificadas na vivência da vocação, que reorganiza a vida e compromissos profissionais.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Edgar Morin. "Amor poesia sabedoria"

O complexo do amor
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Vivemos no estado liminar entre o Homo sapiens e o Homo demens. O primeiro é racional e sábio, o segundo, desmesurado e apaixonado.

Enquanto o primeiro abstém-se com prudência e temperança dos excessos, negando as ilusões de Maia pela prática do desapego e da renúncia, o Homo demens vive intensamente suas emoções, inclusive o ódio e a barbárie.  Foi durante o século XVII que os iluministas tipificaram a emoção do amor como um excesso pertencente às manifestações da loucura.
Mas sem a "loucura" não há o impulso criativo, o fervor e a comunhão. A sabedoria brota do confronto dos opostos entre a racionalidade e a loucura. Afinal, uma vida racionalizada milimetricamente, em que a pessoa economiza tempo e quer viver o máximo possível,  não se exalta, não se embriaga, não sai de casa quando chove e evita qualquer tipo de excessos pode também ser considerada uma vida de loucura.

O estado poético propicia participação, fraternização e amor.
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O amor consiste num complexo que se compõe pelos elementos corporais de desejo: o olhar, a boca, a língua e o som - e como tal existe em germe nos cães que lambem, macacos que catam piolho e até nas aves a se beijocarem com fascinantes beijinhos, mas também há um elemento mítico no amor, e este aparece quando o ser humano passa a criar através da linguagem as histórias de amor.
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O ser amado é sujeito de devoção e culto através de uma devoção que ocorre no âmbito da convivência privada, espécie de devoção que antes do século V em Atenas era direcionada apenas às figuras sagradas.
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O amor portanto aparece como dupla possessão: a primeira é vivida como o desejo bestial, enquanto a segundo corresponde a uma necessidade mítico-espiritual e não-carnal.
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O amor, assim como tudo o que está vivo, é submetido à lei da termodinâmica. "Morrer de vida e viver de morte" significa que as coisas perecem, e quanto à energia do amor esta máxima não é desmentida. O sentimento amoroso, entretanto, tem potencialmente a capacidade de se renovar perpetuamente como amor nascente. Isso é explicável porque, se, como a psicologia sugere, a verdadeira pessoa de um sujeito está viva e constantemente em re-criação, então o parceiro amoroso tem um universo inteiro para continuamente explorar. :)
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O amor é um mito que vale a pena perseguir; um risco que vale a pena correr. É uma delícia descobrir o outro e interpretar sua verdade, o que é diferente de interpretar o outro de uma perspectiva unilateral, exclusivamente pelos nossos olhos.
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A fonte de poesia 
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A linguagem racional é empírica, prática, técnica e se ampara no significado denotativo das palavras para objetivar exatamente o que ela expressa.

A linguagem poética é conotativa, utiliza-se de analogias e metáforas.

O estado poético é produzido pela dança, canto, culto, cerimônias e, claro, pelo poema. :)
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 Nas sociedades arcaicas a prosa e a poesia encontravam-se entrelaçadas: o trabalho era acompanhado de cantos e ritmos, e se o caçador encantava a caça antes de ir à mata, ele também utilizava flechas reais e estratégias empíricas.

No Ocidente, desde o período da Renascença (séculos XIV a XVII), a poesia foi separada da técnica e da ciência, sendo apartada do mito e relegada ao prazer e divertimento. 

Foi no século XVIII que com o Romantismo aconteceu uma revolta poética contra o mundo utilitário burguês, entendido aqui como o mundo prosaico. Mais recentemente, a expansão do modo de vida monetarizado e cronometrado através do processo de globalização expandiu a influência da tecnoburocracia, o que pode ser chamado de hiperprosa.
No século XX, o Surrealismo representou a expansão da poesia para além do poema: a poesia extrai sua fonte da vida e do acaso. O Surrealismo mostrou que era a vida cotidiana que deveria ser desprosaizada. Assim, a própria política foi alvo das críticas poéticas:

"O poeta não precisa se fechar no território restrito e confinado dos jogos de palavras e símbolos. O poeta possui uma competência total, multidimensional, que concerne à humanidade e à política, mas não pode se deixar submeter à organização política. Sua mensagem política implica ultrapassar o político."

O político quer mudar o mundo, o poeta quer mudar a vida.
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A conjuntura atual é a seguinte: um mundo em que o mito do Ocidente civilizado caiu por terra, isto é, ficou evidente durante o século XX que o progresso não funcionou como a "salvação da Terra sem precisar subir aos céus", isto é, ficou claro que a história não é regida por leis, e que o progresso não é automático nem tampouco está garantido. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Diante das clarezas trazidas pela astrofísica e microfísica, a impressão que se tem é de que a poesia pode dialogar com a ciência. O mistério não foi dissolvido, mas agora sabemos mais sobre as galáxias colossais e o átomo infinitesimal. Os problemas filosóficos capitais "O que é o homem?" "Qual é o seu lugar?" "Qual é o seu destino?" persistem. Aqui na terra há plantas, pássaros e flores. E está é a fonte da poesia.

E seu fim? O fim da poesia é o de nos colocar em estado poético.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Os 4 estágios da magnum opus alquímica à luz da psicologia de Jung

São em número de 4 os estágios pelos quais a prima materia deve ser submetida para que, através de sucessivas transformações, seja convertida em pedra filosofal à conclusão da magnum opus.

Nigredo (escuridão): Unio naturalis, um estágio objetivo e inconsciente, visível apenas pelo lado de fora, quando não há diferenciação entre self e objeto, consciência e inconsciência. Isto significa que o sujeito está desavisado dos impulsos que vêm do seu inconsciente. Quer dizer, o sujeito encontra-se, sem que se dê conta, vulnerável ao excesso de libido. A pessoa está agindo sob influência descontrolada de demônios. As características benfazejas da alma são ofuscadas pela sujeira, e portanto se faz necessário processos de calcinatio, etc para decompor o corpo decaído em seus elementos básicos que serão trabalhados nos processos posteriores da alquimia.

No decorrer do processo de individuação, o sujeito aumenta a compreensão que tem da própria sombra, sofrendo dor e desespero. Nigredo, tenebrositas, caos e melancolia. A hora mais negra, ataques de inveja, a desilusão. "This melancholic state is so powerful that, according to scientists and doctors, it can attract demons to the body, even to such an extent that one can get into mental confusion or get visions." - Cornelius Agrippa


Albedo (brancura): Após o caos da massa confusa do estágio Nigredo ser reconhecido, a consciência do alquimista é limpada, lavada (ablutio) de suas impurezas para que o corpo, agora espiritualizado, readquira a pureza e receptividade originais da alma. Este processo acontece no alvorecer, e é presidido pela influência da Lua. É representado por águias, pombas ou gansos. O elemento é a prata. 

"From the darkness of the unconscious comes the light of illumination, the albedo" (JUNG, 1963) pois "The soul is happy by nature; the soul is happiness itself". (KHAN, ?)


Citrinitas (amarelo): Complemento de Albedo no processo de casamento químico entre Sol e Lua na realização da magnum opus. O mago, agora mais experiente, "escava" seu próprio inconsciente a fim de inspecionar os traços indesejados. Como chumbo, estas sombras são pérfidas, mas a iluminação do Sol as transforma em ouro, isto é, parte-se de uma falha inata na consciência para produzir qualidades pessoais: o ouro interno.

Citrinitas corresponde também à inserção destas qualidades na consciência-ego da pessoa: quando se parte da prima materia - a sombra - e, depois de a purificar em prata e ouro, misturam-se ambos e o que surge é a coloração variada como na cauda de um pavão. Neste sentido é diferente do samadhi, o estado de iluminação-êxtase que é alcançado através da supressão da consciência, isto é, com o inconsciente engolindo o ego.




Rubedo (vermelhidão): o resultado da jornada que colhe na escuridão a prima materia e a purifica pela luz da Lua e do Sol: quebrar, limpar e juntar novamente, compondo a pedra filosofal. Vermelho é a cor que simboliza o trabalho alquímico bem sucedido. Sangue de dragão coagulado: domínio. O casamento da rainha branca com o rei vermelho. Fusão do ego, que é energia da terceira dimensão, espacial, ao self, que é energia da quarta dimensão, temporal: vida eterna! É a fase de contato pleno com a eternidade e a retificação total da alma.

domingo, 9 de outubro de 2016

Eu sou um escritor!

texto escrito em 2011/12 quando da minha idealização da ex-namorada.

A estrada estava deserta. Só seu caminhão na rodovia. Viajava rápido. Os pneus espirravam a água da estrada no acostamento coberto de musgo. A chuva forte já havia passado e agora só restava uma garoa enfraquecida igual a criança que se perde dos pais no shopping.  Ao lado da estrada, imensas árvores  se levantavam. Ele se sentia livre. Acendeu um Lucky Strike e expeliu a fumaça lentamente pela janela. Gostava de fumar particularmente no frio: a fumaça era mais densa. No rádio tocava Rambling Man dos The Alman Brothers Band. Era um homem sem destino certo, tentando ganhar a vida da melhor maneira possível. De um lado para o outro,sim! A rotina não existia em sua vida. A estrada era sua amiga. Uma amiga que não o entediava, sempre o apresentava a novos locais, a novos amigos, a novas histórias. Viajava, entregava cargas não importasse o clima e o prazo. Dormia num posto de gasolina na cabine do caminhão. Conversava com seus colegas de profissão. Lá ficava por algum tempo e quando se entediava rumava para outro lugar. Sim, finalmente se sentia livre! Estranhamente, dessa vez não sabia ao certo seu destino. Parece que só digiria, em frente, em busca de algum bom lugar que - não importa onde estivesse - ele encontraria e aproveitaria tudo o que ele poderia oferecer. Não importava,também, que não soubesse aonde ia. Toda aquela liberdade era maravilhosa e ele queria a aproveitar. Olhou para o banco do passageiro e ali estava sua garota.  Ela dormia. Sua cabeça caía gentilmente para a esquerda. O vento que entrava pela janela semi-aberta balançava gentilmente como sopro de Orfeu a sua negra franja que escorria pela testa. Era tão delicada. Uma beleza frágil. Arrebatadora. Na verdade, na primeira vez que a viu - e ele ainda se lembra mesmo depois dos anos - a achou extremamente desvirtuosa. Vestia uma saia com listras verticais cinzas e brancas (isso reparou noutro dia quando passou uma manhã ensolarada ao seu lado,conversando e conhecendo-se um ao outro enquanto sentavam na grama depois de terem cabulado aula). À primeira vista,entretanto, era uma saia qualquer. Viu-a de muito longe. E entre as dezenas de garotas que estavam naquela calçada indo em direção aos portões da escola, o que o atraiu a atenção para ela não foi a saia, e sim uma meia 3/4 bege estilo francesa que vestia com sapatilhas vermelhas. Horrível ele pensou. Quem usa esse tipo de roupa para vir para a escola? O tempo passou e ali ela estava: dormindo ao seu lado enquanto o caminhão dele estava no meio do nada - isso o assustava um pouco na verdade, não sabia nem onde estava - sem destino certo, a estrada molhada, o vento com cheiro de relva e a fumaça do cigarro lentamente expelida.  Estendeu a mão direita para tocá-la. Suas unhas não estavam pintadas, apesar de bem impecavelmente bem cuidadas. Ia tocá-la. Quase. Não conseguiu. De repente uma buzina começou a tocar. De trás vinha um grande caminhão. Buzinava sem parar. De forma rítmica. Parecia o som de um relógio despertando.  Abriu os olhos. Rapidamente tomou consciência de quem era e onde estava.Virou-se para o lado, desligou o celular. Acordou triste,sim. O sonho foi bom. Acordar depois de sonhos bons era pior do que acordar de pesadelos. Nestes, fica-se feliz porque saiu de algum apuro. Nos sonhos bons, fica-se triste porque a vida nunca se iguala a eles, pensava. Levantou-se da cama e acendeu a luz.

Os alquimistas estão chegando!

A tábua de esmeralda

É verdade, certo e muito verdadeiro: o que está embaixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está embaixo, para realizar os milagres de uma única coisa.

E assim como todas as coisas vieram do Um, assim todas as coisas são únicas, por adaptação. O Sol é o pai, e a Lua é a mãe, o vento embalou em seu ventre, a Terra é sua alma.

O Pai de toda Terra do mundo está nisto. Seu poder é pleno, se é convertido em Terra. Separarás a Terra do Fogo, o sutil do denso, suavemente e com grande perícia. Sobe da terra para o Céu e desce novamente à Terra e recolhe a força das coisas superiores e inferiores.

Desse modo obterás a glória do mundo. E se afastarão de ti todas as trevas. Nisso consiste o poder poderoso de todo poder. Vencerás todas as coisas sutis e penetrarás em tudo o que é sólido. Assim o mundo foi criado. Esta é a fonte das admiráveis adaptações aqui indicadas.

Por esta razão fui chamado de Hermes Trismegisto, pois possuo as três partes da filosofia universal. O que eu disse da Obra Solar é completo.

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A transformação física da matéria que os alquimistas almejavam realizar é entendível também como uma alquimia que parte do corpo para ser projetada na alma. A prima materia que será submetida a um processo produtivo em laboratório até se tornar ouro é análoga à mente do alquimista, que será aperfeiçoada pelo estudo e meditação.

Isso quer dizer que a manipulação dos elementos água, terra, fogo e ar para obtenção do quinto elemento, a pedra filosofial, só funciona quando da transformação do próprio alquimista. No laboratório de um alquimista estão presentes instrumentos tais quais a proveta, erlenmeyer, béquer, etc mas em seu "laboratório interior" suas ferramentas consistem de introspecção, meditação, intuição, contemplação de leis cósmicas e contato com o Divino. Este é o caminho para a transformação alquímica dos defeitos em virtudes. 

1. Os seres humanos nus representam a essência interior.
2. O alquimista é representado atuando nos 4 elementos do ser-humano.
Cada elemento material tem um equivalente em corpo espiritual ou energia-espírito. 

água: emoções
terra: mundo material
fogo: aspecto imaterial
ar: pensamento

Conclui-se que pensar, sentir, objetividade e intuição são as qualidades desenvolvidas pelo alquimista na busca do quinto elemento, que é o amor supremo, entendido metaforicamente como como gota de sangue de dragão coagulado,

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As operações alquímicas são as seguintes:



calcinatio: purificação através do elemento fogo. Psicologicamente, é realizada na sombra do ego, isto é, onde há os desejos e instintos inconscientes. O fogo advém da frustração da libido, ou seja, da frustração desejo de prazer e poder. Fisicamente, calcinatio refere-se ao aquecimento de um sólido para que se retire dele água e elementos possíveis de volatização;

solutio: purificação de sólido em solvente. Quando aspectos fixos e estáticos da personalidade não admitem mudança. Dissolver problemas psicológicos significa dar-lhes vazão em sentimento (desobstrução da libido);

sublimatio: no processo físico, sublimatio consiste em aquecer um líquido até que se torne gasoso e se eleve, para depois ser resfriado e voltar com constituição mais pura ao líquido. Psicologicamente significa elevar-se acima de uma situação e ter uma experiência mística verdadeira. Corresponde  à espiritualização do corpo,à ascensão da alma, da pomba branca ao céu, onde há os arquétipos de pensamentos e as formas platônicas;

mortificatio: operação psicológica que não possui referência química. Significa redimir a alma de sua prisão na matéria e arrefecer o calor de explosões de afeto bem como de exigências de poder e prazer, que derivam de uma libido sendo utilizada primitiva ou infantilmente;

separatio: o metal é extraído do minério puro por meio de aquecimento, pulverização ou de outros recursos físico-químicos. Psicologicamente, o efeito do separatio é a consciência dos opostos. O ego primordial, divisor de opostos, que cria espaço para a consciência;

coniuntio: feitura de amálgamas de mercúrio mais ouro e prata. Psicologicamente, significa a introspecção de o de o sujeito conseguir unir diacriticamente perspectivas conflitantes que juntas compreendem o ego num processo de individuação. Extrovertidamente, corresponde ao amor universal que possibilita interesse social e unidade da raça humana,

coniunctio: confronto de opostos

coagulatio: na alquimia, o resultado é colhido quando as misturas começam a ficar sólidas, e na psicologia quando as mudanças no espírito são associadas a um ego, isto é, quando passam a se manifestar na vida real. Significa que quando a atividade ou movimento psíquico promovem a ação, acontece então materialização concreta e desenvolvimento do ego. 

Receita de coagulatio: “Toma o Mercúrio, coagula-o no corpo do Magnésio, no Kuhul (chumbo) ou no Enxofre que não queima, etc.”

Coagular mercúrio significa ligar o espírito autônomo da psique transpessoal ( Si-mesmo) ao ego individual. Processo de individuação. 

Magnésio representa mistura impura ou minérios crus. Psicologicamente, representa a união do princípio transpessoal à realidade humana concreta. Consciência do desejo.

Enxofre representa o Sol inflamado, e psicologicamente representa vontade ou compulsão, isto é, o desejo, que é representado pela alma crucificada na cruz da matéria, o que representa também a responsabilidade pela própria vida.

Mel representa a doçura da realização, isto é, a capacidade de transformar o espírito em corpo através do desejo. Pode ser malevólo e se transformar em tartarum. Psicologicamente, o coagulatio corresponde ao reconhecimento pelo homem de que o desenvolvimento do ego leva à consciência do mal e da culpa presentes no desejo e em cada indivíduo.

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Ao centro o ser-humano em processo de individuação.
Regendo-o, estão Sol e Lua, que assim como outros "planetas" da Obra Solar afetam a vida aqui na Terra. Representam a árvore do conhecimento, divinatória e, como rei e rainha, elevados. 
As garras de grifo no elemento terra representam a herança biológica e animal do ser humano.

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Deus grego Hermes, ou romano Mercúrio, portando em sua mão direita um caduceu, que é um bastão em que se entrelaçam duas serpentes. Representa a associação harmônica entre o princípio Masculino e Feminino na pessoa iniciada em senda espiritual. O bastão representa também a coluna vertebral por onde ascende o fogo santo da energia kundalini. 

Prece amorosa e encaminhamento da verdade.

        Data do primeiro beijo: 05 de outubro de 2016. Começo de primavera.

"O amor poderia, potencialmente, regenerar-se, operar em si mesmo uma dialógica entre a prosa que se espalha na vida cotidiana e a poesia que fornece a seiva a essa mesma vida."

Conversando com o Cósmico, solicito e aguardo a oportunidade de me abrir, de maneira amiga e natural, para a irmã Ana, quando assim for necessário.

Contar a ela que eu estava à procura de um amor, que encontrar uma pessoa como ela foi o que eu pedi aos céus, e que ela é muito especial para que eu a veja passar e ir embora sem que eu corra atrás. 

Afirmar que, em resumo, eu quero que ela me deixe amá-la com todas as minhas forças.

Pois, como se sabe, a categoria utilizada para tipificar o envolvimento (ficantes, amantes, amigos, namorados, etc) é menos importante que o caráter próprio da relação que se desenrola no decorrer de cada dia. Isso significa dizer que para mim só importa a realidade do momento presente. 

"O amor implica a regeneração permanente do amor nascente".   

E, neste momento da minha graduação, nada é mais certo a mim do que eu junto a você, cultivando juntos aquilo que já sabemos que existe.

O ultraje de eu pedir a ti que, por mim, abdiques dos braços que já te envolvem seria requisitar narcisisticamente a expectativa de um fardo que, a longo prazo, eu não suportaria carregar; mas pedir humildemente que, juntos, desfrutemos, com liberdade, a companhia um do outro seria apenas o justo.

Afinal, não é raro que a comunhão de interesses, que temos, se conjugue tão harmoniosamente à afinidade pessoal, de que somos testemunha?

Dúvidas, que existem, são naturais: a beleza da vida está no jogo de possibilidades e impossibilidades, acertos e erros, sucessos e fracassos. 

Mas se, enfim, achares que minha chegada perturba tua paz, ao invés de elevar o teu espírito, então, com responsabilidade, eu endosso tua decisão.  Na busca do amor universal, a renúncia é nobre como o afeto desinteressado: gota de sangue de dragão coagulada na escada de ouro contra a luxúria, o ciúmes e a inveja. Em um mundo em que pessoas como ti existem, eu não poderia ser infeliz.

Temos um jardim só nosso, e nele, com desapego, a semente já foi plantada - então vamos regá-la?

sábado, 8 de outubro de 2016

First, we must become  the source of our own happyness. That's how atract love and respect. We must not depend on anyone external to us for happynness, for joy.

Love yourself when no one else will. People love you one day, hate you the other day, and the other day they love you again.
Many of us are stuck in our mind, when we have to become our bodies. The body is the unconcious mind.A lot of us are stuck in our thoughts, always wanting. 

Your true love is your best friend. You don't feel ashamed around them. You can be yourself around them. They BRING OUT THE BEST IN YOU. They bring out the inner child within you. They help you expand your love energy.

He who sees the face does not seem the heart. It's not about seeing, it's about feeling.

A water relationship is all about transparency, all about purification. It helps us reach our higher nature, our full potential.

A coca-cola relationship is when someone is wanting your love just for themselves.

"I want you" is different to "I love you".

In essence, it's about what they're bringing and what they're drawing out of you. Relationships serve as like mirrors: they show us our brightest lights and our darkest shadow.

Masculine and feminine, ying and yang: we exist in each other. Man have to connect to their feminine essence, women have to connect to their masculine essence: and become complete. That's how to deal with insecurity. 

Many people in relationships are insecure. If you say I'm ugly, then that's what shapes your reality. Once you love your self a hundred percent, you become more secure in your relationship with your partner. Once you love yourself a hundred percent you become more secure. Most of our insecurities it happens because we do not trust ourselves.

Allow your partner to look to anyone they want. Trust and communication is the key ingredient to gain confidence in a relationship.

People become more attractive when they lose their inhibitions, when they let go, then they're full of confidence. A lot of the masks we wear makes us feal more insecure because they prevent us from being our true self. 

Negativ self-talk, uplifting affirmation: you are worthy: you have to build up trust.

It's not just about the relationship between two of you, male and female, we have to extend our relationship trhoughout the cosmos of universal existence, that's our true relationship. 


How can I begin to trust this person more?  What is it about me that I don't trust? Because we don't trust someone else we don't trust ourselves.

Don't take your partner from granted! Be thankful if you're in a relationship that you can exchange this yin and this yang essence, this maculine and feminine principle, this sacred union between the two of you is a great gift. We have to be aware of this, and thank mother nature.

Trust yourself and comunicate with the other people, and take time to be in nature, to breath and not be afraid to be who you are.

Stay free in your relationship.

domingo, 2 de outubro de 2016

Soneto providencial

foi encantamento fulminante
o que enamorou nossos olhares
atraídos pelo ímpeto do instante
num entardecer de frescos ares

moça madura, flor desabrochada
com riso radiante e bondade pueril
encontrar-te foi a graça esperada
juntos e fascinados, o cupido nos viu

 já dorme comigo tua doce companhia 
mas te idealizar não é preciso 
pois tu és real, verídica como a luz do dia

e se me recebes acolhedora no olhar
quando me tocas suave em silente aviso
vejo em ti novo universo para amar


sábado, 1 de outubro de 2016

Lord I've been trying



"You can't make misstakes, you can only make things that either appeal or don't appeal to certain people. Some people like it, some don't, but that's true to everything. You're intelligent, articulate, thoughtful, loving people."

Eu passo uma parte razoável do meu tempo pensando sobre a existência, o mistério, o significado e sobre quais são as qualidades do cérebro humano e as formas de percepção, e o que podemos fazer para alterar o comportamento humano.

Como ser confiante e parar de pensar demais


The more you self love increases the more your self expression increases.


We're not in this world to live to other people expectations. We are in this world to be ourselves.

The perception we have of ourselves is greater than the perception other people have of us

confidence = to trust

obbey inner emotions makes you coherent and confident

when you look in the mirror and don't like what you see, you loose trust

when you rely on opinion of other people, you loose trust

we have to be our on source of happinness first, then we start connecting of people who remind us of who we are

stop comparing yourseslf with other people

is about taking risks. that's the secret of confidence. trusting youself is about versatility. tryy something new. because the more versatility you have the more you become dinamic in your behaviour, in your action. you expand your wings. you live from the insede-out.

it comes after we become our body, once we have this coherence

When self love is absent you will always worry what other people think—love thyself. :)


the freeze moment happens when you're planning to much. enough of the theory and more of the practical.


letting go of percetion is where perfection begins.

thatis to stop to overthinking, is to let go of who you think you are.

we have to stop identifing our thoughts like our thoughts are us.

are you focusing on what you want or what you fear?

Simplicity is the higher form of sofistication. Simplicity is eficiency. It helps us to stop this excessive thinking. Many of us we want to do more because it seems better, but we can do less and get more out of it.

In a hundred years, the problem you're thinking right now, would it matter?

In the end of the day, the only thing that matter is "who had the most fun?"

co-criar: agir como você já tivesse o que vc quer atrair.