Agonia da alma é não poder tocar,
mas para sentir tenho muitos neurônios
e uma mão masculina que você adora.
De olhos fechados falando ao seu ouvido
desabrocho sua flor úmida que me acolhe.
Nossas almas contentes elevam-se juntas
àquele nosso conhecido espaço de completude.
Onde as águas sexuais embebem nossos corpos.
E o falo explorador da atraente vagina
conecta as almas que explodem em Fogo Divino.
Mas longe de você
o meu corpo:
pele morena de Sol;
carne dilacerada pelo asfalto;
músculos definidos pela dor;
sinto às vezes ser uma plataforma fútil
quando a mim falta seu toque e calor.
Afastado de você meu corpo cai no colchão
a alma desprende e paira acima
dobrando o Tempo, curvando o Espaço
às vezes aflita por não sei o quê...
à espera de não sei o quê...
fugindo de não sei o quê...
olhando atenta aos lados,
circula o Universo à procura de você.
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