Ontem à noite eu quis te conhecer.
Imaginando-te sensível e amável, eu quis saber de ti.
Mas em meus sonhos nunca consigo ver teus olhos.
Fui a dormir, e neste mistério encantado acordei sabendo do meu novo amor. Sentimento tenro, pois medito sobre ti e admiro tua figura, imagino tua fragância, mas não penso em te possuir. Penso em ti e agradeço a Deus porque tu existes.
Mas também não me importa se sabes de mim. Esta carta tu não receberás.
Na longa estrada do desengano, eu dobro a esquina à esquerda e me contento, plácido, com meu sóbrio desalento.
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