domingo, 20 de setembro de 2015

Etnografia da minha visita à Galeria do Rock, no bar do China - Sábado - 19/09/2015 - dedicada a Luca


Ontem tive algumas horas de tempo livre no centro de São Paulo. O passeio que fiz com minha mãe e irmã à Pinacoteca terminou mais cedo do que o previsto, e às 14h30 elas desceram as escadas da estação da Luz e foram embora. Eu precisava arranjar alguma coisa para fazer até as 18h, quando deveria estar na Saúde para a reunião na casa do Bassi. Sozinho, no centro de São Paulo, sem muita opção de rolê, comecei a passear.

Na calçada da Rua Cásper Líbero fui afetado pela excitação dos sentidos causada pela mobilidade da cidade. Como um flâneur passei observando a casa do norte, os negros vendedores de relógio, e o sem-número de bares, dos quais a visão da cerveja gelada impregnou-se em mim e silenciosamente guiou meus passos. Irromperam pela calçada dois travestis falando "é aqui", sumindo porta adentro de um comércio e deixando perplexo o homem que mais ao lado descansava sentado na calçada. Falou "esse aí é viado mesmo", e o passante à sua frente concordou, adicionando, enquanto avançava os passos, algumas palavras que causaram o riso de ambos. Continuou a andar, e eu também.

Fui sendo levado pelos meus passos. Atravessei a Cásper Líbero e em frente à Paróquia Nossa Senhora da Santa Ifigênia acontecia um show ao vivo de música sertaneja. Algumas pessoas assistindo sentadas em cadeiras, com mesas devidamente resguardadas por guarda-sol. Ao lado, algumas tendas levantadas na calçada ofereciam alimentos e bebida. Parei um pouco para apreciar aquela ocasião, pensei brevemente em ficar mas não hesitei em recusar a mim mesmo o convite: o Sol estava muito forte, e a música não era particularmente do meu gosto. Continuei então andando.

Pela Antônio de Godói segui em frente. A sombra dos altos prédios desta rua é projetada extensamente em sua larga calçada, configurando um bom lugar para descanso e cochilo daqueles que têm as ruas como lar. A ideia de que eu queria ir à Galeria do Rock nestas horas livres de que dispunha foi sendo delineada em minha consciência. Então me encaminhei à adega a mim apresentada outrora (há 9 meses) por Gabriel e Amon, dois jovens com quem naquele dia colei e pedi alguns tragos do vinho que compartilhavam entre eles na frente da Galeria. O Gabriel eu nunca mais vi, o Amon é frequente ali naquela área, mas nunca de novo me aproximei para conversar com ele. 

Entrei na adega, que felizmente estava ainda de portas abertas, enquanto alguns dos comércios ao lado já fechavam suas portas, e comprei por R$ 3,50 um composto alcoólico Cantinho do Vale, que passa muito bem por vinho. Decidi  que ia entrar numa brisa e provavelmente conseguir algum contato para redigir a etnografia.

Bebericando do meu vinho encaminhei-me para entrada da Galeria, na Avenida São João. Parado lá por alguns segundos reparei o intenso fluxo de compradores. Propriamente na calçada se reuniam pessoas de ambos os sexos, com recorte de idade aparente também amplo, ostentando visuais de diversos estilos de rock, que não arrisco descrever. Da próxima vez contarei com recursos fotográficos dada a importância do estilo neste tipo de sociabilidade que além de urbana envolve também o ostento de camisetas gangues, bandas, tatuagens, bottons, etc que fazem as pessoas reconhecerem umas as outras imediatamente no rolê.

Foi o caso de Rafael, com quem já conversei algumas vezes e que no entanto nunca lembra meu nome. Avistei-o em um grupo de 5 homens, fumando cigarro e tomando cerveja. Diante dele, um homenzarrão de cabelos longos, óculos escuros e braços fortes tatuados expostos pela regata da banda Morbid Angel, esfumaçando um cigarro de forma praticamente cinematográfica. O homem estava acompanhado por uma mulher loura totalmente vestida de preto. Quando Rafael reconheceu a banda estampada na camiseta do homem, passou a cantar alto na calçada os urros guturais do vocalista, depois passando a reproduzir o solo de guitarra com a voz, e fazendo gestos com a mão que mimetizavam o dedilhamento de uma guitarra. Rafael fez comentários efusivos mas aparentemente o grandão não deu muita atenção, falou pouco e definitivamente não sorriu. 

Eu que já estava suando pela testa, e não havia conseguido nenhuma interação ali do lado de fora, pois achei os grupos fechados, decidi sair da calçada e andar alguns metros para entrar no bar do China (Lanchonete Kuroda), localizado no andar térreo da Galeria do rock. Comprei um Litrão de Subzero, que o China vende ao modesto preço de R$ 6,00. Por volta das 15h do Sábado o bar que já é pequeno estava além disso lotado. Então com minhas duas garrafas de álcool na mão costurei caminho por entre pessoas e cadeiras procurando alguma cadeira no interior do salão para que eu pudesse sentar. Ao fundo do bar havia alguns poucos lugares vagos, mas senti que a interação lá seria restrita aos grupos já formados, e a ocasionais conversas entre pessoas de uma mesa e outra.

A organização espacial das cadeiras das mesas, e das pessoas nas cadeiras, é importante e delicada. No estreito salão a mesa central é bastante competida, e como os usuários levantam bastante para ir à calçada fumar cigarro acontece de eles voltarem e seus lugares estarem ocupados por outros. Mesmo sem cadeira eu então me aproximei de uma borda da mesa, depositei minhas duas garrafas, e fiquei de pé por um tempo tomando minha cerveja. Não conhecia os outros dois que estavam do meu lado também de pé e conversavam com Rafael (que havia deixado a calçada e entrado no bar), e para piorar eu nem me apresentei (depois que vim ser apresentado pelo Rafael ao Mega(de Megadeth, banda de metal) vi que não adiantaria eu me introduzir àquele tipo de atitude tão indiferente).

Enfim, como a situação ficou constrangedora para mim, deixei a garrafa na mesa e fui com o copo na mão ao balcão. Felizmente naquela hora alguém se retirou, e eu pude encontrar lugar para me fixar. Quando voltei à mesa para buscar as garrafas e lavá-las ao balcão, os sujeitos que lá ficaram estavam servindo-se da minha cerveja. Provavelmente pensaram que não tinha dono, ou sabiam que tinha dono e não se sentiram impedidos por isso, ou queriam mesmo arrumar confusão.

Em resumo: para evitar discussões, e me sentindo bem vulnerável - para dizer a verdade - esperei que eles depositassem de volta na mesa a minha cerveja, trouxe-a para o meu lado da mesa e me servi. Foi neste momento que outro cara chegou em mim, se apresentou como Luca e me ofereceu uma cadeira. Simpático, desde o primeiro momento deixou evidente que estava interessado em conversar comigo. Me perguntava o que "você acha?" "Ô Leonardo", "Ô Léo, posso te chamar de Léo, porque...". Colou em mim. Ficou sabendo que eu fazia Ciências Sociais, falou de Fernando Henrique Cardoso. Cantou "música dark" que ele compunha. Falou que era simples: só se precisava de inspiração. Cantou RPM, banda em que seu tio tocava antes de se suicidar. E desde então demonstrou extenso conhecimento musical. Apresentou sua gangue "Funeral Punk", da qual era o "último representante da nova geração." Disse que trabalhava como garçom. Estava com um paletó por cima de uma camisa pólo branca, calça e sapato sociais: no dia anterior tinha se apresentado a um exame admissional. Seu rosto branco estava permanentemente suado.

Conversando com o Luca fiquei sentado na mesa central diante dos tipos que se serviram da minha cerveja. Alguma interação lampejou entre mim e Rafael, e ele me apresentou a Mega, grande amigo seu, alegadamente pela primeira vez no bar (o homem que eu havia flagrado com minha cerveja na mão).

Então conversamos, e eu procurei fazer perguntas: se eles gostavam do bar porque ali se reunia quem era do rock. Ao passo que o Mega me interrogou: o que era rock? E aí fui eu explicar minha visão do rock: "sexo, drogas e rock'n'roll". Falei de metal, de "música pesada". Citei bandas: Slayer, Venon e Iron Maiden, as quais todos ali conhecem, mesmo que suas roupas não evidenciem (tanto Rafael, quanto Mega, e o outro rapaz (L) não estavam ostentando visual de estilo rockeiro nesta ocasião). 

Naquele momento eu precisava que me aceitassem como uma pessoa que tem as credenciais mínimas para estar ali naquele bar e conversar de igual para igual. Embora eu estivesse vestido com a roupa do passeio à Pinacoteca (regata cinza, bermuda marrom e bota própria para trilhas), além de cabelo preso com grampos visíveis, sinto que o meu visual não atrapalhou a interação. De certo, em outras ocasiões já aconteceu de me interceptarem para falar bem da banda estampada na minha camiseta, e isso gera empatia e premissa para assunto. O que marcou de verdade a interação foi talvez minha falta de conhecimento das regras envolvidas na interação para aquelas mesas, bem como minha visível curiosidade.

Quanto às regras: percebi o agenciamento de uma atitude agressiva por parte dos presentes. Mesmo Luca, absolutamente simpático quando conversando comigo, em momentos sentiu que precisava se impor e gritou ameaçadoramente a L.

A situação foi a seguinte: Luca estava me mostrando uma foto de sua namorada, com quem estava desentendido, quando L falou alto: "você fica mostrando foto da sua mina pros outros? Pra mim isso é coisa de homem corno". O que para mim seria uma brincadeira seguida de risos constrangidos, para Luca foi uma ofensa insuportável. Apontou o dedo na direção de L e falou "pelo menos eu tenho mina, não fico sem mina que nem você. Dá pra ver que você tá sem mina pela forma como você se porta". O comentário de Mega de tão cru e revelador chega a ser engraçado: "Ó os caras querem brigar, se fosse eu, eu brigava".

De fato, a atitude de L estava me incomodando bastante: cruzava as pernas sobre a mesa, despejava o resto da bebida dos copos no chão, se envolvia com Mega em torturas na região da nuca e o feria no braço com socos que estalavam muito forte, e entre uma brincadeira e outra inclusive deixou escorregar da mão e esfacelar no chão o segundo Litrão que comprei a pedido de Rafael (com quem dividi o pagamento), pois estava à espera de seu amigo Renato e queria colocar uma cerveja gelada para ele tomar quando chegasse. Em primeiro momento as brincadeiras e gritos de L em direção a Mega chegaram a me assustar e causar sensação de insegurança, já que eu não sabia que se tratava de duas pessoas já conhecidas (e não de estranhos), e que aquela agressividade era prevista pelo código de amizade.

Depois de algum tempo Luca comentou sobre L "esse cara é muito chato mas sabe que tem que cuidar de mim. Por mais chato que um cara seja, se ele for da sua gangue, ele é obrigado a cuidar de você". E assim eu vislumbrei a como Luca poderia estar experimentando aquele ambiente como permeado por redes invisíveis de filiação a gangues e reconhecimento mútuo. 

Noutro momento, quando já havíamos trocado de lugar dentro do bar, um homem C (que quando cheguei estava num grupo particularmente animado mas com olhar torpe e distante, e que depois de algum tempo dormiu e acordou sentado sozinho na mesa - literalmente perdeu o bonde) sentou-se conosco após acordar. Foi apresentado por algum daqueles com quem já havíamos trocado alguma conversa. A introdução é feita de forma breve e significa converse com ele: e se dize assim: "fulano é gente boa". Pois bem, conversávamos eu e Luca com esse gente boa, que deixava visivelmente claro que havia excedido na bebida: não parava de cuspir no chão do bar e cambalear. A nossa conversa fluiu para os estilos reggae e dub, e Luca, que não dominava esses gêmeros. preferiu continuar mostrando para mim vídeos no YouTube pelo celular, desta vez da banda post punk brasileira Nenhum de Nós (mesmo que eu estivesse claramente me empenhando em conversar com C sobre Yellowman e King Tubby). Em dado momento C tentou servir-se do restante do meu vinho sem no entanto dividir comigo nem com Luca, que ficou enfurecido, levantou a voz para se impor e dirigiu ofensas e palavras de ordem a C, que pediu desculpas e despejou de volta um pouco do líquido no meu copo. Depois também, C inclusive nos ofereceu cerveja.

Então quanto às regras posso dizer que a imposição da vontade alia-se à justiça (o que é certo, é certo...) para proteger a honra do homem Luca num caso, e para instaurar a reciprocidade, no outro. Assim sinto que ao ver Mega com minha garrafa de cerveja era esperado que eu me impusesse e o fizesse reconhecer que eu também tinha ímpeto, apesar da roupa estilo à passeio.

Quanto à curiosidade, foi o que disse a outra figura com quem conversei bastante (I), um tipo mais velho que os já citados, de cabelos longos, camiseta de uma banda que não pude identificar, muitas tatuagens e argolas pesadas na orelha.  Apesar de sua aparência intimidadora, (diferente de L e Mega, que intimidavam por suas atitudes) I de pronto também começou a conversar comigo, em certos momentos disputando minha atenção com  Luca. Certamente gostou da atenção que lhe dispensei, aguardando calmamente que terminasse suas frases concatenadas de forma sempre lenta e terminadas com um "tá ligado?" que buscava conferir a qualidade da compreensão. Iniciou assunto falando que eu parecia o Nando Reis, e gostou de que eu me esforçava para continuar suas ideias tão desconexas e de ocasião. Chegou a falar de Hitler, conversamos sobre Metallica, pagou uma cerveja para mim e C, e em certo momento falou:  "você gosta de fazer perguntas", rindo e expondo seu dente dourado.

Luca, que na ocasião havia ido até a calçada fumar, voltou quando eu conversava com Rafael e Renato (muito aguardado por Rafael). Renato contava sobre uma festa de amigo seu em que compareceram panicats. E foi quando Luca chegou. Querendo aderir à roda de conversa que se formou enquanto ele estava fora, teve a infelicidade de comentar: "Panicat porque você chega dando ideia na mina e ela entra em pânico?". Eu ri, mas Renato não gostou e pôde então se prevalecer: iniciou o modo agressivo, foi assertivo em dizer que Luca havia caído de pára-quedas na conversa, e que queria desvirtuar o papo. A situação ficou pequena para Luca, que diante do meu silêncio - que confirmou tacitamente seu ostracismo - voltou para a calçada. Não o vi mais naquele dia.

Vejo agora o que eu poderia dizer para apaziguar a situação : "Mas, não, o Luca é meu amigo, o Luca é gente fina. Chega aí, Luca!" Quando Luca saiu o comentário de Rafael a Renato foi claro: "se você quiser, você arregaça ele". Foi Renato, inclusive, que um pouco antes também se dirigiu com atitude intimidadora a um homem que havia tomado seu lugar na cadeira enquanto tinha se retirado brevemente. O homem levantou e devolveu o assento sem maiores discussões.

E ainda sobre o que poderia ter dito mas fui incapaz diante de tamanho estranhamento e choque lembro da interação com Mega e L, quando os inqueri sobre brigas, perguntando jocosamente se eles não iriam querer brigar comigo, ou se eles quebrariam uma garrafa de vidro no pescoço de alguém, ao passo que Mega me perguntou se eu gostava do mal.  Respondi que acreditava na lei do karma. "O que é karma?", perguntou Mega. Respondi que é a ideia de que as ações que a pessoa faz voltam para ela em suas consequências. "Pau no cu do karma", respondeu Mega. Vejo agora que a pergunta sobre o mal era um ensejo muito interessante para falar de Satanismo, um tema tão caro ao metal.

Ainda sobre brigas, levanto a curiosidade sobre efeitos psicóticos da cocaína, usada de forma intensiva e corriqueira nos banheiros do bar. Em outras visitas tive relatos que afirmavam haver traficantes na própria galeria, o que Rafael e Renato disseram haver mudado. Deve ser por isso então a demora que experimentava para receber a droga que havia pedido, queixando-se algumas vezes em voz alta e coçando aa cabeça que: "o menino ainda não voltou com minha farinha".  Perguntei para Rafael e Renato se os frequentadores desse rolê "estavam ali pelo pó", e Rafael, já com narinas ranhentas e brancas, prontamente falou que 90% estavam, e Renato foi mais drástico:  "vish, eu acho que 98%". E o que se desenvolveu a partir desse assunto é que o indivíduo cheira, fica virado e depois "acaba apanhando".  Foi diante desse assunto que  Rafael pediu para que Renato "salvasse uma de 10", tocando sua mão, e indo ao banheiro com o pino recém conseguido.

Ainda quanto à circulação de droga dentro do bar, em dois momentos veio a mim um homem de testa suada pedindo cinquenta centavos "para comprar", e fazendo um gesto com o nariz deu umas fungadas. Em troca dos meus cinquenta centavos me deu uma caneta, que recebi com expressão de incompreensão. Neste momento I pediu para que eu pintasse com os pêlos brancos de sua barba, pedindo para "não zuar", e assim eu colori sua barba, numa situação que produziu proximidade e confiança.

Nesse momento já começavam a ser arrastadas pilhas de engradados de cerveja pelos lados e por detrás das mesas, e ficar confortável estava ainda mais difícil. O funcionário da empresa de logística justificava, para que sua sua insistência em conseguir espaço não fosse mal-entendida: "dá uma licencinha pra gente, pra vocês beberem a gente primeiro tem que entregar,né?". O chão, que já estava molhado desde que eu havia chegado, a essa altura do campeonato estava tomado por uma meleca de água, cerveja, saliva e sujeira trazida pelos calçados numerosos usuários, que entravam e saíam a todo tempo para ir ao banheiro, também tendo que ganhar algum espaço por entre os cotovelos e costas daqueles que se encontravam sentados, numa proximidade causada pela estreiteza que possibilita inclusive breves conversas entre os diferentes atores.

Não saí de dentro do bar naquelas quase 3 horas de observação participante. E como Luca havia sido ostracizado há algum tempo, comecei a conversar com um rapaz pelo qual me interessei quando o ouvi lamentar em voz alta: "Por isso eu não gosto de vir aqui, um lugar de merda!". Depois de alguns dedos de prosa, conversando sobre as tão insinuadas brigas que acontecem ali Rodrigo confessou que era gay, e que de certa forma estava alheio àquelas atitudes pois mantinha "a defensiva", embora em algumas ocasiões tenha sido necessário até a ele se impor:  "no final eles te pegam em um momento que você não quer apanhar e...".

Fiquei surpreso com o fato de uma pessoa dessa orientação sexual ter aceitação em grupos nos quais o ideal macho é tão forte. Quando manifestei minha opinião sobre o assunto, e mencionei a palavra masculinidade, Rodrigo sentiu um lampejo de compreensão, riu bastante e falou contentemente "Nossa! Alguém que me entende!", e realizamos um sincero aperto de mãos. O papo com ele estava interessante. Disse que tinha certeza que eu era ator! Vai entender... Convidou-me para ir lá fora fumar um cigarro,  mas neguei o convite pois tinha que estar na saúde às 18h.

Foto tirada por volta das 17h30. Da esquerda para a direita: conhecido de Rafael que havia acabado de chegar, eu, Rafael e Rodrigo. O bar já estava mais vazio à medida que as pessoas se retiravam para ocupar as calçadas. Foto clicada por uma das seletas garçonetes do bar.

À hora da minha saída, às 17h40, a calçada estava definitivamente preenchida por uma massa muito grande de rockeiros, que não percebiam mas na união de suas diversas rodas de conversa especificas formavam um todo visualmente homogêneo e volumoso. Da próxima vez quero investigar o circuito do rolê, especialmente depois que o bar do China fecha e os pedidos de "descer para o bar do Bin" começam a se multiplicar entre as pessoas. 

Bar do Bin e depois aonde? O rolê também pode acabar (ou começar para valer...) na casa de alguém. L por exemplo me informou que mora a alguns minutos do bar do Bin. Quais outros estabelecimentos comerciais recebem o público que compartilha dos símbolos do rock? Eles são específicos ao rock ou gerais? É de fato uma socialização que orbita em volta de drogas? Quais outras atividades constitui esse tipo de socialização?

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