terça-feira, 17 de novembro de 2015

Pronto...decidi. Não vamos nos ver. O nosso caso "não tem dotô que dê jeito". Conclusão: "nada precisa acontecer".

Faltou luz mas era dia

Me sinto mais leve! Um grande peso me abandona.

Agora, é o seguinte: ainda preciso continuar não me levando a sério.

Aproveite a falta de compromisso e deixe a naturalidade operar em seu cotidiano.
Dê chance ao acaso, mas não pressione as fibras dos acontecimentos, que se desenrolarão fluidamente no tempo... Abra-se aos outros, isso é a única coisa que você precisa fazer.

Você não precisa sair correndo atrás de ninguém, pois
os dias são longos e numerosos.
Não empurre, nem pressione... sinta o momento e aja...

Mas também não deixe de se encantar com os olhos escuros dela, o cabelo castanho-claro de verdade, e o sorriso que desabrocha reluzentemente... Não deixe de pensar em um elogio ideal que não a encabule e ao mesmo tempo demonstre seu encanto com sinceridade. Tell her how do you feel.

Mas ao fazer tudo isso, mantenha a  calma, relaxe, e respire no mesmo ritmo que o  dela. Assim, assim... um papo gostoso que ilumina o dia será mais importante que qualquer solavanco e "declaração" - que palavra horrível. Sim, aquela figurinha estudiosa e simpática, tímida,  interessada em mim e nesse blog supostamente secreto... E o Magnani...? que divulgou... é cômico e tenso ao mesmo tempo... mas isso, no final das contas, é um regozijo. Seja bem-vinda (se o ler.., e não se assuste, por favor!).

Na minha cabeça:

Jefferson Airplane - Essa me inspira, me anima, me alegra. Me motiva. Como um sentimento bom a ser buscado aqui dentro de mim.

 "How do You Feel"

Just look at her hair
And when she speaks, oh what a pleasant surprise.

When I meet a girl like that
I don't know what to say
But to meet a girl like that

Brightens up my day.

Oh, how my heart beats, I don't even think I can talk.

"D.C.B.A.-25" - Essa faz doer, me entristece, mas sua ação é sublimar o que restou de nostalgia do meu relacionamento de quase 3 anos com a Isabela... Adeus, querida. Fui feliz com você, mas por enquanto estamos melhor separados...


Barão Vermelho - "Sem Vergonha" - Fala de favorecer o acaso, de evasão, timidez  e interesse.  No final das contas são boas intenções...! Poxa, também, qual o problema de eu me apaixonar?

Eu armo o picadeiro
Mas no fim, no fim
Você tropeça e cai
E perde a canastra e ri
E diz: "Até mais".

E na minha cabeça parece a mim mesmo que estou avaliando a beleza das garotas e colocando num pedestal aquela que mais faz mais meus amores platônicos se desenvolverem. E não é isso que eu quero. Mas também não é só isso. A Japa foi um acaso, vivemos realidades bem diferentes. Agora, a Maria, já a admiro desde os primórdios do curso. Compartilhamos algum interesse por Antropologia. Fiquei estupefato quando ela perguntou meu nome. Mas, enfim, a afinidade e naturalidade conta muito mais que essa atração platônica. E também, sua falta de contato com mulheres em geral produz um super-encantamento exacerbado da minha parte.

Sim, sou apaixonado pela beleza. Ao ler meus posts deixa evidente como estou correndo atrás daquela fagulha que precede a paixão. Mas, como diria Johnny Winter em "Can't You Feel it?":

If I can't make ya happy
I'll jump into the river and drown.


E se nada der certo, Dostoiévski me compreende: "Todo um momento de felicidade. Sim! Não é isso o suficiente para encher uma vida? "


E diante da tristeza de ter tanta coisa a dizer e não poder dizer,
e precisar falar comigo mesmo,
porque dentro de mim o mundo pulsa e o que se passa comigo é difícil de eu mesmo perceber,
e o ato de me postar frente à frente com outra pessoa para dizer coisa e conversar gostosamente às vezes parecer a mim como equivalente a abrir uma comporta da usina hidrelético do Tucuruí para vazar pela minha boca...
diante de tudo isso,  Fernando Pessoa (geminiano!) me ampara, graças a Deus:
I suffer from life and from other people. I can’t look at reality face to face. Even the sun discourages and depresses me. Only at night and all alone, withdrawn, forgotten and lost, with no connection to anything real or useful — only then do I find myself and feel comforted. 
 When all by myself, I can think of all kinds of clever remarks, quick comebacks to what no one said, and flashes of witty sociability with nobody. But all of this vanishes when I face someone in the flesh: I lose my intelligence.[...] 

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