domingo, 26 de março de 2017

Uma brisinha esse texto - revolução ontológica.

Tendo recentemente submetido o meu trabalho um sem-número de publicações que me oferecem o mérito de ver-me publicado, pergunto a mim próprio, cinicamente
"por que sequer quero eu ser publicado?"
Acaso alguém apreciar o texto que escrevi engrandece a obra?
Acaso alguém admirar a minha fotografia faz dela mais significativa?
Não, há ego e vaidade apenas.
Uma publicação é senão um grupamento de pessoas que se consideram sabidas o suficiente para selecionar aquilo que 
irão imprimir em folha de papel  e colocar em circulação o texto que ninguém vai ler, para prestigiar ao autor, que irá então celebrar tomando sua champanha à mesa de jantar com suas pessoas. É gente tentando atribuir sentido à vida, e roubar do contentamento a parte que lhe cabe.
A minha vida não é para ter sentido, e a minha champanha que eu não bebo eu bebo sozinho.
Então por que quero eu ser publicado?

Sim, mesmo para mim que escrevo só por escrever, sorrateiras vêm ter comigo a notoriedade e  a reputação.

Que seja eu publicado, mas não em meus textos bons, e sim nos ruins, como este.

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