Riffs de guitarra, sessões, momentos e trechos de infinitésimos segundos que no conjunto da composição desencadeiam sentimentos de entusiasmo a partir de memórias íntimas. Instantes de mais pura beleza expressa pelo som, mas que também não seria realizada não fossem minhas memórias da época em que descobri a existência desse álbum. É como se nesses instantes de êxtase quase que eu pudesse sentir com a mente o sabor e a textura das imagens que me vêm à cabeça, revivendo-as. Imagens da época em que eu passava meu tempo stalkeando a Lene, imerso em paisagens escandinavas de beleza fantástica. Essa entidade cuja figura de idealização é uma musa que excede a pessoa: uma inspiração de beleza feminina, fresca e profunda. Um ideal de dedicação e realização artística.
Me leva para quando descobri o rock progressivo e a fantasia sonora - que me arrebatou mais que a literatura e proporcionou a satisfação dos sentidos e o hedonismo musical. Uma ocasião a partir da qual se instauraram momentos de "antes" e "depois" em minha trajetória: começa com o Daniel na ETESP, Jethro Tull, Rush, Yes, fórum Sound Chaser e suas reviews totalmente excelentes, a saudosa comunidade Progvacas no Orkut, da qual fiz parte e cujas discussões acompanhei fielmente mas no entanto sem comentar nem adicionar por medo de me expor. A semelhança com minha atitude em sala de aula na faculdade é assustadoramente severa. Na época a minha realidade mental fazia-me clamar piedade, como agora clamo, ao estado de agonia que sempre experimento no presente. Mas, ora, agora eu me recordo destes momentos com saudosismo. E será assim no futuro com relação às salas de aula de Antropologia: a inquietude que sinto agora quanto às pressões por me comunicar com professores e expor meu ponto de vista em aula para não sucumbir será dissolvida em êxtase e saudosismo pelo meu eu-passado.
E no futuro então também vou me sentir no centro de mim mesmo quando fazer lá o que faço aqui, quando me der conta daquilo que gosto de ter: momentos íntimos e sinceros de curiosidade intelectual e estímulo dos sentidos. Estou imediatamente agora diante desta mesma fonte de contentamento, no oásis da indulgência. É precisamente o que T2 me faz avivar nesta tarde de chuva e quietude. Pergunto-me no entanto por que precisa o tempo passar para remover das minhas lembranças todos os espinhos. Por que você, Leonardo, simplesmente não completa consigo e adquire entusiasmo no presente mesmo?
E a It'll all work out in boomland eu só posso atribuir algumas palavras que marquem sua beleza genuína: composições impetuosas, dotadas de alegria que se destaca do tempo. Eternizadas em gravações, as faixas do álbum agora têm existência própria à medida que já entre 1970 e 1971 os membros da banda separaram-se. Considero esta qualidade como essencial à arte. Um trio de músicos virtuosos que quando tocando as composições do líder, baterista e vocalista Peter Dunton simplesmente gera entusiasmo puro. Além disso não posso mais. Devo aceitar que música, bem como sensações e sentimentos por ela despertados não podem ser traduzidos em palavras. Devo aceitar os mistérios da 4ª dimensão, onde o que acontece é impossível de ser descrito, podendo apenas ser experimentado. A apreciação consiste, isso sim, em devotar a atenção do espírito a esta expressão dos sentimentos através de tom e ritmo, que é a música.
Me leva para quando descobri o rock progressivo e a fantasia sonora - que me arrebatou mais que a literatura e proporcionou a satisfação dos sentidos e o hedonismo musical. Uma ocasião a partir da qual se instauraram momentos de "antes" e "depois" em minha trajetória: começa com o Daniel na ETESP, Jethro Tull, Rush, Yes, fórum Sound Chaser e suas reviews totalmente excelentes, a saudosa comunidade Progvacas no Orkut, da qual fiz parte e cujas discussões acompanhei fielmente mas no entanto sem comentar nem adicionar por medo de me expor. A semelhança com minha atitude em sala de aula na faculdade é assustadoramente severa. Na época a minha realidade mental fazia-me clamar piedade, como agora clamo, ao estado de agonia que sempre experimento no presente. Mas, ora, agora eu me recordo destes momentos com saudosismo. E será assim no futuro com relação às salas de aula de Antropologia: a inquietude que sinto agora quanto às pressões por me comunicar com professores e expor meu ponto de vista em aula para não sucumbir será dissolvida em êxtase e saudosismo pelo meu eu-passado.
E no futuro então também vou me sentir no centro de mim mesmo quando fazer lá o que faço aqui, quando me der conta daquilo que gosto de ter: momentos íntimos e sinceros de curiosidade intelectual e estímulo dos sentidos. Estou imediatamente agora diante desta mesma fonte de contentamento, no oásis da indulgência. É precisamente o que T2 me faz avivar nesta tarde de chuva e quietude. Pergunto-me no entanto por que precisa o tempo passar para remover das minhas lembranças todos os espinhos. Por que você, Leonardo, simplesmente não completa consigo e adquire entusiasmo no presente mesmo?
E a It'll all work out in boomland eu só posso atribuir algumas palavras que marquem sua beleza genuína: composições impetuosas, dotadas de alegria que se destaca do tempo. Eternizadas em gravações, as faixas do álbum agora têm existência própria à medida que já entre 1970 e 1971 os membros da banda separaram-se. Considero esta qualidade como essencial à arte. Um trio de músicos virtuosos que quando tocando as composições do líder, baterista e vocalista Peter Dunton simplesmente gera entusiasmo puro. Além disso não posso mais. Devo aceitar que música, bem como sensações e sentimentos por ela despertados não podem ser traduzidos em palavras. Devo aceitar os mistérios da 4ª dimensão, onde o que acontece é impossível de ser descrito, podendo apenas ser experimentado. A apreciação consiste, isso sim, em devotar a atenção do espírito a esta expressão dos sentimentos através de tom e ritmo, que é a música.
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