
Individuação corresponde à auto-reaização, que é o estágio em que o indivíduo recolhe sua singularidade mais íntima, isto é, "chega a si mesmo".
Como foi mostrado alhures, o processo psicológico de individuação guarda analogias com o processo alquímico de composição da pedra filosofal, e a manipulação alquímica conhecida como conjunctio, que é a união do produto de Albedo com o produto de Citrinitas, é associada à operação psicológica de reconciliação da mente consciente à mente inconsciente, união esta que configura a consciência si-mesmo.
Na mente inconsciente habitam conteúdos sub-liminares que afloram ao consciente e que devem ser analisados criticamente para que não haja estagnação de energia psíquica.
À luz da psicologia, o padecimento humano consiste no constante ocultamento de correntes psicológicas oriundas do inconsciente, que não encontram abertura à experiência devido a barreiras impostas pelo eu-soberano.A penúria psicológica do ser humano é seu desconhecimento de si próprio, envolto nas sombras de uma cegueira ontológica.

A eterna tristeza psicológica dos animais humanos é a permanente agonia de existir através de máscaras que se requisitam a incrementarem uma personalidade fajuta - e o pior: agem assim sem saber que estão a encenar máscaras que algo ocultam.
A solução psicológica a este padecer do instinto é que o indivíduo se abra à experiência, que será sintetizada em terapia. A plenitude é alcançada quando o indivíduo segue a realidade processual de desenvolver suas aptidões, num processo que é chamado de caminho vocacional, em que são desenvolvidas suas aptidões naturais. Tal satisfação habilita a se falar de destino, uma vez que o sujeito sente intimamente que seu caminho vocacional é único e lhe confere uma vivência que está dirigida a ele apenas. Emerge na consciência a sensação de unidade e autenticidade, que são verificadas na vivência da vocação, que reorganiza a vida e compromissos profissionais.
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