quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

algum dia meu cérebro vai ser desligado. (uma realização de clarividência e fé)

não vai mais coordenar autonomamente
a expansão dos pulmões, o pulsar do coração
e o fluxo sanguíneo com a energia
até os neurônios, que todos ativados sustentam
a consciência.

o eu-consciente morrerá
mas o espírito que fornece Ânimo ao corpo
vai lembrar da vida que teve como "Leonardo", filho de Silvia,

menino que viveu suas tardes de 22 anos
deitado no quintal dos fundos
e com o cachorro Marley no colo
esperando o café passar
reparava as nuvens brancas deslizando pelo céu,
enquanto sua tia trabalhadora dormia no sofá da sala de estar,
a velha e querida avó jantava na cozinha
e a tarde ia escurecendo ao som das risadas da criançada na rua.

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